Maite Perroni Concede entrevista para a Revista Glamour México - RBD Union

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25/07/2015

Maite Perroni Concede entrevista para a Revista Glamour México


Maite Perroni  é capa da nova edição da revista Glamour México no mês de Agosto, pelos scans conseguimos traduzir a entrevista completa que Maite  cedeu a revista confira.
Maite Perroni  está de volta para conquistar o mundo. E como não fazer-lo com uma nova novela, a melhor atitude e um sorriso espetacular. Conversamos com ela sobre a nostalgia do passado o amor verdadeiro e a emoção de saber que seu destino é triunfar.


Algo caracteriza Maite Perroni, e isso é uma boa energia. Quando fala, canta ou atua, sua atitude demonstra um otimismo incrível, que contagia de imediato. Enquanto conversávamos, não deixava de pensar que é dessas mulheres que merece triunfar como todas da lei. E ela não acredita nos finais felizes, mas sim do esforço que inverteu para consegui-los. “Os sacrifícios, as ausências, as horas sem dormir… tudo vale a pena, porque estou pensando em meu futuro”. Faz 11 anos que nos encantou com a telenovela Rebelde (onde saiu o grupo RBD); depois vieram os protagônicos em muitas novelas e, como se fosse pouco, em 2013 ganhou todos os tops 10 musicais, com seu disco Eclipse de Luna, que tem um estilo camaleônico.

gora volta a Tv com a novela ‘Antes Muerta Que Lichita’, onde interpreta uma garota, que além das adversidades em seu trabalho, está disposta a mostrar a todos do que é capaz, valendo sua inteligência e talento. Mas ainda com uma carreira de sucesso, uma relação com Koko Stambuk e uma voz que tem chegado aos ouvidos de todo o mundo. Maite afirma que tem muito a aprender “Estou em uma etapa onde sigo descobrindo o que eu gosto, que desejo fazer… é bonito pensar em algo novo para explorar em mim”. Entre sorrisos e suspiros, em estas páginas verão uma mulher com os pés na terra, que nos inspira a viver o presente e nos lembra que somos o dono do nosso futuro. Depende de nós que este brilhe.

Maite está em um dos melhores momentos de sua carreira. Agora vem com uma nova novela ‘Antes Muerta Que Lichita’. Como tem sido trabalhar neste projeto?  
Estou muito feliz. Estou experimentando novas técnicas de atuação com esse protagônico  (Alicia, aliás Lichita) pois ela e eu somos totalmente diferentes, desde o físico até as atitudes diante da vida. De certa maneira sinto que necessitava me reconectar com o processo de construir esse personagem. Já tinha saudades! A história tem uma lado cômico, familiar e  diferente do qual me comuniquei em outras novelas. Sim, sei que isso soa clichê, mas desde o primeiro momento em que li o roteiro, senti pura magia, é algo que estamos fazendo com todo o coração, com a prioridade de satisfazer o público. Eles são os juízes!
Quando menciona que teve a oportunidade de fazer um personagem tão diferente de você, pode nos descrever o processo para fazer-lo?
Até isso foi fácil… antes de começar a gravar, Benjamim Cann (diretor), levou cada um pela mão, para que nossa interpretação se visse natural. Recordo de um dia em que ele me disse: “ Me trás tudo que crê que Lichita utilizaria um dia normal em sua vida”; foi um exercício de criatividade muito divertido, porque nos permitiu entrar no processo de armar o personagem e sobre sair do que estava escrito no roteiro. Eu não queria imitar, mas criar algo genuíno. Estudei o ritmo da comédia, as reações teatrais… Tem sido gratificante. Por experiências como estas, é impossível esquecer porque me apaixona atuar. Enriquece-te a alma trabalhar de uma maneira tão inteligente.
Desde o primeiro dia que pisou no set até o dia de hoje, Como tem sido sua evolução como atriz?
Houve de tudo, desde situações rápidas que me fez amadurecer, até longos dias em que pude analisar as coisas com paciência. O ponto principal em minha vida foi ter sido parte de Rebelde. Deu-me a oportunidade de ter novas experiências e aí descobri que os palcos era meu destino. Foi um processo que me pediu muito tempo e paciência, mas fortaleceu minha certeza e disciplina. Como em qualquer trabalho, sim, terá etapas onde se sentirá cansada, mas isso também é parte do encanto. Deve buscar a inspiração e seguir adiante.
Faz um ano também que lançou seu primeiro disco, Eclipse de Luna. Como o público recebeu sua proposta musical?
Esse foi um desafio enorme na minha vida. Sempre estou pensando em dar novos passos e experimentas outros terrenos. Já tinha vivido compartilhar de um cenário musical com outras cincos pessoas, em RBD, onde foi um sucesso enorme, mas com cantora solo, as coisas não tão fáceis. Tem que  ter uma disciplina forte e dedicar todo seu tempo no processo de gravação. Fui viver em Nova York, tive aulas de canto, comecei a compor, escrever…  me dá orgulho ter feito esse disco desde o zero, quase como algo artesanal. Ainda me falta caminho para percorrer na música, mas claro que mais adiante vou retornar. Depois de tudo, conseguimos ter quatro singles nas rádios e todos em primeiro lugar.
Quando estava no RBD o protocolo era pensar e tomar decisões em equipe. Agora que é dona do seu próprio caminho, sente que tem mais liberdade criativa?
Creio que a palavra ‘liberdade’ não pode ser usada para esse caso, porque o grupo foi uma etapa de aprendizagem, e me alegra não ter vivido só. Entrei sem saber absolutamente nada e essa experiência foi forjando minha carreira, não era a etapa de brilhar,  mas sim de absorver tudo que pudesse. Tinha o básico e o técnico, mas isso não serve se não tem o valor. Tratava-se da minha primeira vez em frente ao público e a responsabilidade era enorme. Tínhamos uma  incrível quantidade de telespectadores! Quando RBD acabou, longe de me sentir deprimida, comecei a averiguar qual ia ser o meu seguinte projeto. Nunca deixei de lado essa experiência, isso não seria justo. Ao voltar ao passado, só posso sentir amor e orgulho.
Quando acabou o RBD não sentiu medo?
Senti nostalgia, tristeza, sabia que ia sentir saudades, mas me movi o mais rápido que pude para seguir construindo minha carreira. Graças a isso, meu primeiro protagônico chegou rapidíssimo então não houve incerteza. Recordo muito bem, quando acabou o último show do RBD em Madrid no dia 23 de Dezembro (2008), tirei férias com minha família em Roma, voltei para o México, e imediatamente ingressei na minha primeira novela ‘Cuidado Com El Angel’ não tive tempo de sentar e chorar. Continuei caminhando.
Ajudou-te seguir adiante?
É difícil saber a chave do sucesso ou a chave para que algo funcione. Meu segredo é viver o presente senti-lo ao máximo. Quando sabe que uma etapa está a ponto de encerrar, deve aprender a dizer adeus. Não só no profissional, mas também no pessoal. Fechar ciclos, e abri os braços ao novo da vida.
Claro, como por inteiro!
Não sei se o fiz como uma experta! Mas me serviu ter um pouco de sorte e haver ter trabalhado duro. Nada chega do nada. Passa-me que as pessoas creem que não movo um dedo e que todo ocorre por arte da magia. Mas o que não vêem, é que a vezes durmo quatro horas diárias por três semanas consecutivas, quase não vejo minha família, esse esforço é invisível, mas guardo para mim mesma, como conquista.
Há algo que tem saudades de seus dias de Rebelde?
Todos do grupo vivemos coisas tão lindas e bonitas. Nunca pensamos que chegaria ao final. Éramos-nos consciente o quão grande era tudo, e sei que se foi. Agora passou 11 anos desde o primeiro capítulo, não posso crer como não o tomei com mais calma e diversão. Recordo de um momento bonito, quando cantamos no estádio do Maracanã, no Brasil. Estava extremamente nervosa, me dava medo de esquecer as letras ou as coreografias… Passou um segundo… E pronto acabou o momento. Não foi difícil desfrutar plenamente.
Nessa idade é lindo viver a fama… Mas quando chegou as câmeras em sua vida pessoal não foi muito confuso?
Tudo se acomodou. Tinha 20 anos quando comecei. Não cresci no mundo da mídia. Tive uma infância e adolescência normal. Não foi tudo cinza, mas tampouco vivi em foro de TV. Convivi com minha família, meus amigos, fui das que celebrei a primeira viagem sozinha ou primeiro compromisso. Desfrutei tanto disso, de uma forma real, que quando este fenômeno chegou a minha vida, eu já tinha uma base sólida emocional e me ajudou a que colocar limites do que mostrar diante das câmeras e o que não. Não tenho ilusão por estes ambientes, gosto do equilíbrio que conseguir com ambos.
Como tem manejado as criticas atualmente?
Não é fácil. E sabe por quê? Porque este tipo de indústria, o ‘produto’ (para chamar de alguma maneira) é você, então é impossível não levar as criticas para o lado pessoal. Se trabalha em uma agencia de publicidade e faz um refresco, pode ser que o cliente não goste da cor, a musica, a letra e pronto, não passa nada, se muda tudo. Mas quando é atriz, as criticas são diretas, está gorda, está magra, não atua, não canta e todo em tom destrutivo. O que tem me servido é separar meus projetos da pessoa que sou na realidade. Se não gostou um capítulo da novela, os seguintes vamos dar uma mudada e pronto, não tem problema. Nenhum dos comentários negativos me representam, não dizem nada da verdadeira Maite.
E a vida das celebridades parece tão perfeita…
Não. Pensam que tem zero esforço. Quem dera tivéssemos photoshop portátil nos tapetes vermelhos, para vermos perfeitos.
Considera-se um modelo a seguir?
Trato de compartilhar a ideia que não devemos por um pedestal nas celebridades. Um dia você erra e ‘booom’ se acaba. Ou te acabam melhor dizendo. Sigo aprendendo coisas, busco explorar. Se amanhã faço algo que não se parece aos demais, devo defender meu ponto de vista, e não me adequar ao resto. Procuro ser a mais genuína possível. E no final é bonito, porque as pessoas me  seguem porque gostam de mim como sou, não por uma imagem falsa que inventei.
Mudou-te algo com a fama?
Se sente-se bem com as pessoas que reconhecem o faz. Me sinto sortuda e o agradeço. Mas, nessa época de redes sociais, nunca falta alguém que põe coisas terríveis ou tenta se meter na sua vida pessoal, ou faz comentários de coisas que nem sabem. Esse estranho efeito de pensar de como estar no olho do publico, sabem absolutamente tudo de você. E para nada! Mas isso é questão de deixar-los ir.
É um feito que novos talentos vão surgindo a cada momento. Considera-se competitiva?
Mentiria se dissesse que não gosto de ganhar. Desde pequena sou assim. E com os anos tenho tratado de ver como algo positivo, longe de querer tirar todos do meu caminho, busco aprender e ser feliz. Ser boa competidora me deu responsabilidade e me obriga a focar em minhas conquistas. Os desafios são comigo mesma. Quando só pensa em desbancar o outro, te passa algo mal, só gera energia negativa. Por isso gosto da minha equipe, só vamos com a ideia de crescer e não de ver o que faz as outras pessoas. Se te dedica a por obstáculos aos demais, ao final você pode cair.
Mudaria algo em seu passado?
Muitos diriam que não, mas eu sim. Sempre tentei ser disciplinada comigo mesma (dietas, comer bem, fazer exercícios), mas jogava a toalha logo em seguida. A motivação ia embora rápido, que dera fosse mais centrada. Tenho bastante o presente em minha cabeça, sei que soa superficial, mas ninguém pode negar, é importante estar bem contigo mesma. Como se sente, reflete em como se vê.
Em tema de amor, tem todo baixo controle, ainda com as câmeras te seguindo. Acredita em amor verdadeiro?  
É difícil encontrar um parceiro em que ambos encontrem equilíbrio. Uma historia de amor não se trata só de sentimentos bonitos. Amar é se encontrar diante do espelho, descobrindo coisas positivas e negativas, mas não só no outro, em si mesma também. Entre os dois deve haver um balanço e fortalecer ao amor. Não é esperar algo do outro, se não de você (como mulher), se comprometer, como quer que alguém se comprometa contigo. O amor verdadeiro existe sim. Mas não é algo que encontra em todos os lados.
Como vê o futuro?
Sempre reflexiono tudo que quero criar. Mas no final, a vida mesmo que te leva a um lugar, e se quer ir longe, deve ser congruente em seu presente. Por exemplo, no pessoal, desejo ter filhos, uma família, me sentir apaixonada e feliz com homem da minha vida. Desfrutar o processo. O que semear no caminho, é o que te espera no futuro.
Tem pouco tempo que escutei a frase “Às vezes temos que aceitar que não podemos ter tudo” Mas agora que conversamos te vejo como uma mulher que não se põe limite.
Quem sabe esse ‘tudo’ que disse se refere ao material, mas cada pessoa sabe com o que é feliz e aonde quer chegar. Se em uns anos posso olhar nos olhos das pessoas que amo, e saber que sempre fui fiel, posso dormir tranquila, com minha consciência limpa. Esse é o ‘tudo’ que quero na vida.
Veremos você um dia produzindo algo no estrangeiro?
Me encantaria. Quero me realizar profissionalmente em outros países. Não sei se seria logo, mas é um tema presente.
Se tivéssemos lendo um livro da sua vida, que capítulo exatamente estamos lendo agora mesmo?  
Esse onde me redescubro. Estou em uma etapa em que desfruto mais as coisas e me sinto bem, mas devo replantar caminho e estratégias. Estamos lendo a fase onde me descubro como mulher, amiga, companheira, irmã… Estou em um constante  processo de reinvenção.. E me fascina.



Créditos: MaiPerroniBr



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